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A cacofonia dos demonstrativos contábeis

A limitação cultural e educacional da sociedade será o estopim da proxima grande crise financeira, e isso não é dificil deduzir, basta que tenhamos o minimo de conhecimento técnico indutivo na aferição e analise dos demonstrativos contábeis e fin

A limitação cultural e educacional da sociedade será o estopim da proxima grande crise financeira, e isso não é dificil deduzir, basta que tenhamos o minimo de conhecimento técnico indutivo na aferição e analise dos demonstrativos contábeis e financeiros das empresas, salvo, rarissima exceções.

 

Esse incansavel jogo de gato e rato, tem interpretações variáveis, ou seja, as empresas procuram informar o maximo de transparencia, estrategicamente desenvolvidas nos relatórios, inclusive com indicadores e comparações, onde as mais organizadas estabelecem um planejamento estrategico progressista, agregado a um relatório operacional para conjecturar sobre os fatos e aglutinar um possível retorno operacional dos investimentos.

 

 

O marketing aplicado é de uma maestria impecavel na busca de demonstrar lucratividade na modalidade possivel de um cenário economico positivo daquele empreendimento, mas nessa seara não e propicio nem aconselhavel a quem não tem um feeling necessário á obtenção desses fatos.

 

Algumas empresas elaboraram um DIAGNÓSTICO EMPRESARIAL, chamado Due Deligence, mas esqueceram de fazer o PRE DUE e principalmente o POS DUE, o que se torna essencial para a credibilidade de seus demonstrativos, mas o grande problema é a limitação de valores individuais e da educação limitada na capacitação e qualidade dos profissionais envolvidos.

 

Assim como um medicamento atenua a doença, a ausencia de determinadas formações podem inibir a essencia da veracidade e alijar recursos e sonhos de modalidade inadequada e fantasiosa, corroborando para uma fatalidade real que poderá enebriar os neofitos através de pirotecnias factoides.

 

O novo cenário economico que estamos vivendo mostra com clarividência o grande problema das empresas na busca da continuidade e sustentabilidade na obtenção de lucros, agregados a elevação do retorno operacional positivo nas negociações de suas ENTRADAS com o fito de salvaguardar e adequar oFLUXO DE CAIXA, pois as APLICAÇÕES são derivadas desse fluxo.

 

“EM QUALQUER ORGANIZAÇÃO, EXISTEM AS LIMITAÇÕES A SEREM ULTRAPASSADAS E AQUELAS A SEREM RESPEITADAS.” (R.Ritti e G.Funkhouser)

 

O termo POLITICA DA EMPRESA, nos força a entender a palavra POLITICA inserida no dicionário da Lingua Portugues, Editora Universal, Larousse Cultural, ou seja:

 

POLITICA, s.f. (grego politike). 1. Ciência do governo dos povos. 2. Direção de um Estado e determinação das formas de sua organização. 3. Conjunto dos negocios de Estado, maneira de o conduzir. 4. Fig.Maneira de agir, conduzir relações, astucia, esperteza.

 

A manutenção dessa ciclica é necessária e essencial para que a empresa mantenha e desenvolva sua atividade, e sua máxima deriva da estratégia de crescimento e criatividade que a gestão deve adotar para continuar no mercado, pois sua inepcia poderá acelerar seu regime falimentar.

 

É clarividente que a empresa de qualquer porte ou tamanho que está passando por momentos de uxaustiva necessidade de obter e manter o CAPITAL DE GIRO para a manutenção de sua atividade economica exerça recursos criativos, e isso tem comprovado que essa busca resulta em estratégias diversificadas e complexas, desde a mais simples até as inimagináveis.

 

Estudos recentes elaborados pelo Council of Comunication Management, publicado na Business Week, informa que as empresas não estão fazendo um grande trabalho de melhoria na comunicação, nesta epoca complicada de busca e obtenção de investimentos que possibilitem abrandar a necessidade doCAPITAL DE GIRO, elas se superam.

 

É perceptivel quando a empresa através de seus demonstrativos contabeis e financeiros e de suas ações suplementares visam alcançar determinados objetivos, mas essa sensibilidade só é permitida a determinados profissionais com capacitação e qualificação diferenciada e globalizada.

 

O fluxo do Processo de Comunicação, segundo diversos autores, está cientificamente identificado, quais sejam:

 

a) FONTE

b) CODIFICAÇÃO

c) CANAL

d) DECODIFICAÇÃO

e) RECEPTOR

 

A máxima da comunicação acontece quando as AÇÕES realmente falam mais alto que as palavras, quando o publico alvo percebe inconsistencia entre as palavras e os atos, tem tendencia a dar maior crédito aos ultimos, qualquer informação por mais trabalhada que seja, tende a não se valorizar diante do receptor final, pois quando as palavras e as ações são divergentes, as pessoas preferem acreditar no que veem em termos de comportamento.

 

“NÃO É O QUE VOCE DIZ, MAS O QUE VOCE FAZ”.(Stephen P. Robbins).

 

A transparencia devidamente mensurada pela contabilidade em que retrata um DEMONSTRATIVO CONTABIL E FINANCEIRO em sintonia racional proba e licita da gestão empresarial, é a única forma de alcançar a excelencia qualitativa da gestão e possibilita ao investidor visualizar e analisar o retornor de seu capital, mesmo que em determinados momentos essas informações sejam desfavoraveis, pois isso resulta em maior credibilidade.

 

Os profissionais devem cientificar-se de suas responsabilidades na elaboração e difusão dos demonstrativos que informam, daí haver assinaturas desses responsaveis, pois sua erronea interpretação poderá resultar em prejuízos incalculaveis.

 

A decisão de fantasiar os demonstrativos pode resultar em situações vexatorias e deploraveis onde tivemos oportunidade de enfrentar através das crises financeiras passadas, PRESENTES e FUTURAS, e ainda assim não conseguimos aprender, e continuamos tragados por essa informação que vitima os incautos.

 

Em consonancia ao tema do presente artigo, podemos concluir que a cacofonia dos demonstrativos contabeis e financeiros é fruto de determinados profissionais envolvidos e personificados através de valores duvidosos e questionaveis, que lamentavelmente ainda se faz presente no novo cenário economico e globalizado.

 

 

 

 

 

 

 

Elenito Elias da Costa

Contador, Auditor, Analista Econômico Financeiro, assessor e consultor empresarial, Instrutor de Cursos do SEBRAE/CDL/CRC, Professor Universitário, Professor Universitário Avaliador do MEC/INEP do Curso de Bacharelado em Ciências Contábeis, sócio da empresa, Irmãos Empreendimentos Contábeis S/C Ltda, consultor do Portal da Classe Contábil, Revista Contábil Netlegis, articulista da Interfisco, autor de artigos cientificos publicados no Instituto de Contabilidade do Brasil, CRCBA, CRCPR, CRCMS, CRCRO, IBRACON (Boletim No. 320), CTOC - Portugal, autor de livros editados.