Líder do governo quer aprovação da PEC da emergência fiscal ainda este ano
A liderança do governo no Senado espera que o Congresso aprove a proposta de emenda à Constituição (PEC) que cria o regime de emergência fiscal para União, estados e municípios até o final do ano. O calendário de votação das três propostas apresentadas nesta terça-feira (5) no Senado deverá ser definido nesta quarta-feira (6) em reunião do presidente da Casa, Davi Alcolumbre, com os senadores.
Essa é uma expectativa da liderança do governo, o governo trabalha com prazo de abril, mas eu acho que a repercussão que essas PECs estão tendo no Senado tem sido muito positiva, isso não significa que serão aprovadas como vieram — disse o senador.
A pressa em aprovar a PEC emergencial é que parte das medidas previstas na proposta serão temporárias, valendo por dois anos. A ideia é que a proposta funcione como um preparativo para a entrada em vigor da outra PEC, a Mais Brasil, que vai criar um novo pacto federativo e um novo regime fiscal no país. Além disso, a aprovação da PEC ainda em 2019, segundo Fernando Bezerra, abriria margem para ampliação dos investimentos públicos no próximo ano.
— Vamos trabalhar para que PEC emergencial possa ser aprovada até o final deste ano no Senado e na Câmara. A PEC emergencial abre no orçamento fiscal do ano que vem um espaço orçamento para investimento da ordem de R$ 26 bilhões e é do interesse do Congresso ampliar o investimento público que está no nível mais baixo. A proposta de Lei Orçamentária Anual [Projeto de Lei do Congresso Nacional 22/2019] estima o investimento público em R$ 19 bilhões — argumentou.
Bezerra é o primeiro signatário das PECs, que compõem o Plano Mais Brasil: a emergencial, que pretende reduzir gastos obrigatórios, a do pacto federativo, que muda a distribuição de recursos entre União, estados e municípios, e a que revisa fundos públicos. As matérias ainda não receberam numeração no Senado.